Menos de 40% das crianças com doenças do coração recebem o tratamento adequado
A luta contra as cardiopatias congênitas ainda representa um grande desafio no país. Dos bebês que nascem com problemas no coração e precisam de cirurgia reparadora, menos de 40% conseguem o tratamento adequado. “Faltam profissionais qualificados e centros capacitados, dentre os vários motivos para explicar esse cenário”, afirma o Dr. Marcelo Jatene, cirurgião cardíaco pediátrico.
O Brasil registra cerca de três milhões de nascimentos por ano, dos quais 25 mil têm problemas no coração. Alguns podem receber tratamento clínico ou apenas acompanhamento médico, mas a grande maioria (22 mil) requer cirurgia; somente 8 mil consegue. “As regiões Norte e Nordeste são as mais carentes”, destaca o cirurgião.
Cardiopatias podem ser detectadas ainda na gestação, por meio de exames como o ecocardiograma fetal. No caso da CIV (comunicação intraventricular), que é a mais comum, o médico realiza uma ausculta cardíaca após o nascimento da criança para detectar se o sopro está presente. Se a CIV for grande, a criança perderá o fôlego ao ser amamentada e ficará cansada com frequência. A sudorese também é um sintoma característico.
Fonte: Assessoria de imprensa do HCor.